Helsínquia (Finlândia) - Dezanove horas depois de ter acabado o primeiro jogo de preparação com a Finlândia, a selecção nacional sénior feminina de Portugal entrou em campo para cumprir o segundo compromisso agendado com os responsáveis finlandeses.
E até entrou melhor na partida, já que decorrido o primeiro minuto vencia por 0-4. Num ápice, concretamente em 3 minutos, a poste Tamara Milovac fazia a 3ª falta, obrigando naturalmente Ricardo Vasconcelos a resguardá-la no banco, só voltando a reentrar a meio do 3º período (aos 50-30), decorria o minuto 25. Cinquenta segundos volvidos é-lhe assinalada a 4ª falta (ainda no minuto 25), tendo regressado ao banco. Voltaria a ser utilizada no último quarto (jogou mais 3 minutos), terminando com um total de 6,46 minutos jogados, o que é manifestamente pouco para a principal poste com que o seleccionador luso à partida conta para a desgastante luta das tabelas, na ausência da titularíssima e azarada Sónia Reis que se lesionou com gravidade ao serviço do Ros Cazares, da 1ª Liga espanhola.
Serve isto para dizer que se ontem a arbitragem teve várias decisões no mínimo controversas, penalizando as nossas representantes, hoje no 2º jogo os juízes também demonstraram caseirismo, condicionando a postura das jogadoras lusas. Quando Portugal colocava dificuldades à selecção anfitriã, surgiam faltas para a equipa portuguesa. Isso foi notório no arranque do 3º período, nomeadamente quando as comandadas de Ricardo Vasconcelos equilibravam as operações (parcial de 5-7 até ao minuto 23), com o resultado em 46-32 depois de 41-25 ao intervalo, não deixando que a Finlândia disparasse no marcador, apareceram as faltas cirúrgicas assinaladas à nossa equipa, com manifesta dualidade de critérios.
Se no 1º confronto a pecha principal foi o número elevado de turnovers aliado à fraca eficácia nos duplos, no encontro desta tarde melhorou-se em termos de erros cometidos (baixámos de 30 para 22) e também na eficácia dos lançamentos de 2 pontos (de 33% para 39%), mas em contrapartida estivemos irreconhecíveis nos lançamentos do perímetro, com uns fraquíssimos 14% (2 triplos de Ana Fonseca em 14 tentativas da equipa). Ganhámos as tabelas (30-39 ressaltos), com realce para a tabela ofensiva (16 ressaltos conquistados contra apenas 5 das adversárias), mas no somatório das perdas e ganhos o balanço voltou a ser-nos desfavorável.
« Do ponto de vista físico a resposta da equipa foi boa relativamente ao momento da preparação. Contudo vamos ter que descobrir soluções tácticas para as constantes miss-match (diferenças de estatura e peso) que os adversários exploram de uma forma sistemática. », analisou o seleccionador luso no final da partida. « Apesar de termos melhorado os turnovers, a fasquia de 22 ainda não é suficiente. Temos que os baixar. E da forma como esta equipa está construída não podemos ter só 14% de eficácia no tiro exterior.», completou Ricardo Vasconcelos.
A MVP do encontro foi a poste finlandesa Taru Tuukkanen (18,0 de valorização), ao contabilizar 21 pontos, 4 ressaltos defensivos, uma assistência, 1 roubo e 5 faltas provocadas, com 5/7 nos lances livres. Aos 34 anos, a experiência adquirida ao longo de muitas épocas em Espanha aliada à sua envergadura e peso ainda é de grande utilidade. Foi bem secundada pela base (que não entrou no cinco) Reetta Piipari que esteve mortífera nos tiros de 3 pontos (4 em 8 tentados), terminando com 14 pontos, 1 ressalto defensivo e 4 assistências.
Na selecção portuguesa a mais consistente voltou a ser a polivalente Joana Lopes (12 pontos, 8 ressaltos sendo 3 ofensivos e 6 faltas provocadas, estando irrepreensível da linha de lance livre ao converter as 6 tentativas de que dispôs), bem acompanhada por Carla Nascimento (9 pontos, 3 ressaltos, duas assistências e 3 faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres) e Ana Oliveira (9 pontos, 4 ressaltos sendo 3 ofensivos, 2 roubos e 4 faltas provocadas, com 3/3 nos lances livres).
Ficha do jogo
Tikkurila Sport Hall, em Helsínquia
Finlândia (89) - Anette Juvonen (4), Heta Korpivaara (11), Dionne Pounds (1), Tiina Sten (8) e Taru Tuukkanen (21); Vilma Kesanen (5), Minna Sten (10), Reetta Piipari (14), Krista Gross (6), Henna Salomaa (5), Henna Koponen (1) e Hanna Vapamaa (3)
Portugal (57) - Carla Nascimento (9), Ana Oliveira (9), Joana Lopes (12), Sara Filipe (2) e Tamara Milovac (2); Ana Fonseca (6), Débora Escórcio (3), Diana Neves, Michelle Brandão (4), Célia Simões (4), Maria João Correia (4) e Luiana Livulo (2)
Por períodos: 23-15, 18-10, 23-14, 25-18
Árbitros: Seppo Nystrom, Ville Alijarvi e Jaakko Kaunisto
A comitiva portuguesa regressa amanhã a Lisboa, com chegada prevista para as 15H55 no voo 1168 da Lufthansa, seguindo para o Inatel (Oeiras) onde ficará instalada até ao final deste estágio (próximo sábado), que inclui mais 2 jogos de preparação, desta feita com a congénere da Suiça, depois de amanhã (3ª feira, no pavilhão dos Lombos) e na 4ª feira (dia 25) no pavilhão do Algés, com o início de ambas as partidas marcado para as 20H30.
in fpb.pt
E até entrou melhor na partida, já que decorrido o primeiro minuto vencia por 0-4. Num ápice, concretamente em 3 minutos, a poste Tamara Milovac fazia a 3ª falta, obrigando naturalmente Ricardo Vasconcelos a resguardá-la no banco, só voltando a reentrar a meio do 3º período (aos 50-30), decorria o minuto 25. Cinquenta segundos volvidos é-lhe assinalada a 4ª falta (ainda no minuto 25), tendo regressado ao banco. Voltaria a ser utilizada no último quarto (jogou mais 3 minutos), terminando com um total de 6,46 minutos jogados, o que é manifestamente pouco para a principal poste com que o seleccionador luso à partida conta para a desgastante luta das tabelas, na ausência da titularíssima e azarada Sónia Reis que se lesionou com gravidade ao serviço do Ros Cazares, da 1ª Liga espanhola.
Serve isto para dizer que se ontem a arbitragem teve várias decisões no mínimo controversas, penalizando as nossas representantes, hoje no 2º jogo os juízes também demonstraram caseirismo, condicionando a postura das jogadoras lusas. Quando Portugal colocava dificuldades à selecção anfitriã, surgiam faltas para a equipa portuguesa. Isso foi notório no arranque do 3º período, nomeadamente quando as comandadas de Ricardo Vasconcelos equilibravam as operações (parcial de 5-7 até ao minuto 23), com o resultado em 46-32 depois de 41-25 ao intervalo, não deixando que a Finlândia disparasse no marcador, apareceram as faltas cirúrgicas assinaladas à nossa equipa, com manifesta dualidade de critérios.
Se no 1º confronto a pecha principal foi o número elevado de turnovers aliado à fraca eficácia nos duplos, no encontro desta tarde melhorou-se em termos de erros cometidos (baixámos de 30 para 22) e também na eficácia dos lançamentos de 2 pontos (de 33% para 39%), mas em contrapartida estivemos irreconhecíveis nos lançamentos do perímetro, com uns fraquíssimos 14% (2 triplos de Ana Fonseca em 14 tentativas da equipa). Ganhámos as tabelas (30-39 ressaltos), com realce para a tabela ofensiva (16 ressaltos conquistados contra apenas 5 das adversárias), mas no somatório das perdas e ganhos o balanço voltou a ser-nos desfavorável.
« Do ponto de vista físico a resposta da equipa foi boa relativamente ao momento da preparação. Contudo vamos ter que descobrir soluções tácticas para as constantes miss-match (diferenças de estatura e peso) que os adversários exploram de uma forma sistemática. », analisou o seleccionador luso no final da partida. « Apesar de termos melhorado os turnovers, a fasquia de 22 ainda não é suficiente. Temos que os baixar. E da forma como esta equipa está construída não podemos ter só 14% de eficácia no tiro exterior.», completou Ricardo Vasconcelos.
A MVP do encontro foi a poste finlandesa Taru Tuukkanen (18,0 de valorização), ao contabilizar 21 pontos, 4 ressaltos defensivos, uma assistência, 1 roubo e 5 faltas provocadas, com 5/7 nos lances livres. Aos 34 anos, a experiência adquirida ao longo de muitas épocas em Espanha aliada à sua envergadura e peso ainda é de grande utilidade. Foi bem secundada pela base (que não entrou no cinco) Reetta Piipari que esteve mortífera nos tiros de 3 pontos (4 em 8 tentados), terminando com 14 pontos, 1 ressalto defensivo e 4 assistências.
Na selecção portuguesa a mais consistente voltou a ser a polivalente Joana Lopes (12 pontos, 8 ressaltos sendo 3 ofensivos e 6 faltas provocadas, estando irrepreensível da linha de lance livre ao converter as 6 tentativas de que dispôs), bem acompanhada por Carla Nascimento (9 pontos, 3 ressaltos, duas assistências e 3 faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres) e Ana Oliveira (9 pontos, 4 ressaltos sendo 3 ofensivos, 2 roubos e 4 faltas provocadas, com 3/3 nos lances livres).
Ficha do jogo
Tikkurila Sport Hall, em Helsínquia
Finlândia (89) - Anette Juvonen (4), Heta Korpivaara (11), Dionne Pounds (1), Tiina Sten (8) e Taru Tuukkanen (21); Vilma Kesanen (5), Minna Sten (10), Reetta Piipari (14), Krista Gross (6), Henna Salomaa (5), Henna Koponen (1) e Hanna Vapamaa (3)
Portugal (57) - Carla Nascimento (9), Ana Oliveira (9), Joana Lopes (12), Sara Filipe (2) e Tamara Milovac (2); Ana Fonseca (6), Débora Escórcio (3), Diana Neves, Michelle Brandão (4), Célia Simões (4), Maria João Correia (4) e Luiana Livulo (2)
Por períodos: 23-15, 18-10, 23-14, 25-18
Árbitros: Seppo Nystrom, Ville Alijarvi e Jaakko Kaunisto
A comitiva portuguesa regressa amanhã a Lisboa, com chegada prevista para as 15H55 no voo 1168 da Lufthansa, seguindo para o Inatel (Oeiras) onde ficará instalada até ao final deste estágio (próximo sábado), que inclui mais 2 jogos de preparação, desta feita com a congénere da Suiça, depois de amanhã (3ª feira, no pavilhão dos Lombos) e na 4ª feira (dia 25) no pavilhão do Algés, com o início de ambas as partidas marcado para as 20H30.
in fpb.pt