José Araujo in SCN

«Foi uma época extraordinária»

José Araújo, treinador do Olivais de Coimbra, falou com o scn e fez o balanço de uma época ímpar na história do clube.
Supertaça, Taça de Portugal e Campeonato. O Olivais conquistou tudo o que havia para conquistar esta temporada, dominando a seu bel-prazer a elite do basquetebol feminino em Portugal. A juntar a isto, a formação de Coimbra atingiu os 16 avos-de-final da Eurocup, onde caiu aos pés do Ramla, uma das mais fortes equipas de Israel, naquela que foi a melhor prestação de uma equipa portuguesa nesta competição.

José Araújo, bicampeão nacional ao serviço da formação de Coimbra, abriu o coração ao scn e não escondeu a alegria e orgulho por uma temporada a todos os níveis brilhante. “Não podíamos pedir mais. Foi uma época extraordinária e agora podemos finalmente saborear os troféus que conquistámos”, começa por referir.

Mas, afinal, qual é o segredo para esta hegemonia? “Sempre disse que havia cinco equipas com legítimas aspirações a conquistar o título. Felizmente, há cada vez mais gente a trabalhar bem no basquetebol feminino. Creio que o nosso sucesso se deve à fusão entre as jogadoras, à forma como cada uma deles desempenha o seu papel no seio da equipa. Existe uma harmonia muito boa entre as jogadoras mais jovens e as mais experientes. Tivemos muito cuidado nas jogadoras que queríamos contratar. Tudo isto, mas não só, contribuiu para que tivéssemos o sucesso que tivemos”, afirma o jovem técnico.

Um dos temas mais abordados no basquetebol português é a famigerada qualidade, ou falta dela, dos jogadores estrangeiros. Na opinião de José Araújo, todas as equipas procuram jogadores estrangeiros da melhor qualidade possível, embora isso não seja tudo. “Como é óbvio, quando se pensa na contratação de uma jogadora estrangeira, pensa-se essencialmente na qualidade, e naquilo que ela pode acrescentar à equipa. As nossas duas jogadoras estrangeiras são de enorme qualidade e não as trocava por nenhuma”.

Uma das suas jogadoras, Aja Parham, está a caminho da WNBA, onde irá representar as Seattle Storm. “Fico muito feliz por ela, porque sei que era um dos seus grandes objectivos. Também fico orgulhoso por ter uma quota parte de responsabilidade no seu desenvolvimento enquanto jogadora. Tenho a certeza que ela se vai dar bem, embora toda a gente saiba que a WNBA é um campeonato de uma exigência tremenda”.


in SCN