Um pavilhão carbono zero para o Olivais

Campeão das Províncias: Concelhia do PSD quis conhecer dificuldades e planos futuros do Olivais FC

23 de Julho 2020

Uma delegação da Concelhia de Coimbra do PSD esteve, hoje, no pavilhão do Olivais Futebol Clube, onde conheceu a nova Direcção do histórico emblema conimbricense, bem como a sua difícil realidade actual e os projectos futuros.

António Fonseca teve, então, a oportunidade de comunicar as maiores dificuldades do clube à Concelhia do PSD de Coimbra, revelando que a situação financeira do clube é delicada e pode, inclusive, comprometer a ida das equipas às competições nacionais.

Nuno Freitas, indigitado recentemente como possível candidato do PSD à Câmara Municipal de Coimbra, explicou que a visita pretendeu “conhecer a realidade do Olivais e saber quais os planos de futuro” de um “clube histórico de Coimbra, um marco desportivo e que está muito bem implantado na cidade ”, sublinhou.

O possível candidato do PSD à autarquia conimbricense enalteceu a necessidade de o clube apostar não só em actividades para os jovens mas também os idosos, para além de ser importante, num futuro próximo, talvez em 2022, investir num pavilhão carbono zero (auto-sustentável) e com alternativas ecológicas, admitindo que seria um ponto a incluir no programa do PSD Coimbra para 2021-2025.

Questionado pelo “Campeão” se esta seria já uma iniciativa pré-campanha eleitoral, Nuno Freitas negou dizendo que se tratava de “uma iniciativa cívica para ir conhecendo melhor a realidade e ouvindo as pessoas”, frisando que mais visitas destas serão realizadas “em todas freguesias e colectividades do concelho”.

“Só ouvindo as pessoas se pode pensar num bom programa e aqui há este projecto que, provavelmente, tem já uma década, do novo pavilhão, mas que no fundo é uma melhoria do já existente e nós gostávamos de trazer algo novo para o nosso próprio programa para 2021 e pensando já em 2021-2025”, afirmou, admitindo que a Concelhia está a trabalhar a “200 por cento para propor à cidade uma alternativa. E isso faz-se com as pessoas, ouvindo as suas necessidades, anseios e projectos. Felizmente temos um ano inteiro para o fazer”, declarou.

Para o Olivais, a intenção do PSD seria que este fizesse “parte de uma nova estratégia urbana de descarbonização, que una práticas inovadoras, desde a gestão de materiais, resíduos, aproveitamento de águas e produção de energias renováveis, até um programa social e desportivo mais abrangente desde a formação desportiva de mais jovens em várias modalidades – com destaque para o basquetebol – até a propostas de exercício físico regular para a população mais velha de toda a freguesia de Santo António dos Olivais”, concluiu.

A acompanhar Nuno Freitas estiveram, ainda, o presidente da Concelhia Carlos Lopes e também Madalena Abreu, vereadora do PSD na Câmara Municipal; para além do presidente da Junta de Freguesia, Francisco Andrade.
Ajuda de todos é fundamental para “segurar” o Olivais

Os campeões em título podem ver a próxima época comprometida ao nível das competições, não só devido à covid-19, mas também pela situação financeira difícil que o clube atravessa.

A nova Direcção do Olivais, presidida por António Fonseca e eleita no final de Junho, admite a “realidade dura” que o clube vive neste momento, considerando que esta é também uma situação má para Coimbra e para Portugal, recordando que o Olivais representou o país, ainda na época passada, nas competições europeias.

Esse nível competitivo internacional está já, para a próxima época, posto de parte, por não haver verbas que consigam suportar as despesas.

“Estamos neste momento a tentar manter o clube de pé”, afirmou, esta tarde, António Fonseca ao “Campeão”, notando que a pandemia também não contribuiu para que a situação melhorasse, já que “todas as receitas habituais, pura e simplesmente, desapareceram”.

“Está em causa Coimbra porque o Olivais é da sua maior freguesia mas representa a cidade nas competições e até representa o próprio país no estrangeiro, é um clube que tem capacidade de ganhar a outros até com muito maior poderio financeiro”, sublinha o responsável.

Os planos são apelar à boa-vontade de todos, inclusive da Câmara Municipal, de empresas, associados e cidadãos, para que ajudem um clube histórico, que “tem uma boa escola de basquetebol” e que querem manter. “Ter a escola e depois não ter onde os miúdos, quando chegam a seniores, possam jogar, não me parece razoável”, frisou António Fonseca.

“Sem um apoio sólido, quase de certeza que não teremos a nossa equipa campeã nacional a discutir o título nacional, nem sequer a disputar o campeonato da primeira divisão feminina”, afirmou o presidente, acrescentando que o clube passaria, depois, apenas por ter apenas equipas de formação e não de competição, “e isso não deve estar em cima da mesa”.